sexta-feira, 21 de novembro de 2008

RAYMUNDO ARAUJO FILHO


Keynes ou Não Keynes, Não é a Questão! *Raymundo Araujo FilhoNão sou economista (embora conheço alguns muito bons). E ainda por cima acho que a questão política é SEMPRE mais importante do que a econômica. É a Política que comanda a Economia. E não o contrário.Os capitalistas sempre tentam fazer parecer o contrário. O diabo é que muitas parcelas dos que se dizem de esquerda foram influenciados por esta falácia. Notadamente aqueles que, ao chegarem ao Poder Político Formal, reduzem os seus horizontes ideológicos, justamente para manterem-se nesta esfera da atuação política: O Poder Institucional.Assim, como um dos maiores males que Lula e sua gangue deixarão para o Brasil é a pecha que a esquerda é aquilo ali, outro grande mal que acomete o Brasil, desta vez chancelado pelo Capitalismo, na sua forma atual, o Neoliberalismo, é a redução de horizontes, também na práxis política e sua subseqüente proposição econômica e das formulações para saídas para o atual momento de "crise”.Nada logrará a favor da Justiça Social e Econômica, sem estarmos colocando o Povo Trabalhador e Pobres em geral, como Centro de tudo, e não a Economia e seus mecanismos regulatórios do Capital. E este, sempre em oposição ao Trabalho. Ou a Luta de Classes é algo Sazonal, apenas em períodos eleitorais?É enfadonho, hoje vermos gente (economistas e não economistas) a discutir se é Keynes ou não, o viável para este momento. Em vez de reafirmarmos que nada deve ser feito dentro da ótica formal do Capitalismo, para superarmos esta crise de acumulação de Capital e Assalto Frontal aos cofres públicos pelos que especularam a valer, e agora chantageiam com a pulverização do Fundos que a Classe Média aplicou, a colocando como refém (valem 10% do que o capital aplicou).Ao meu ver, é isso que define o que é ou não Revolucionário. E não as pseudo bravatas de "esquerdistas de cartilhazinha pseudo radical" mas de prática adesista e pelega.Neste momento, o Povo Trabalhador e Pobres em geral sofrem grave e cruel derrota. Dentro da lógica capitalista, com Keynes ou não, só teremos migalhas para mal mitigar o sofrimento de parcelas ínfimas e as visíveis no tecido social. A ralé, continuará no andar de baixo das Galés, e com a ração ainda mais racionadas, além do aumento das chibatadas.E uns, ficam a discutir o sexo de Keynes. Já que não têm formulação que preste, ao menos poderiam respeitar os Mortos, Natimortos, Doentes, Esfomeados e Angustiados, que surgirão sob a égide desta crise fabricada, como se fosse um corolário do trabalho de 8 anos dos neocoms, e seu boneco ventríloqüo George W. Bush. E agora substituído por um artista novo, que vai "normalizar" as coisas para o Capital seguir se curso de exploração do trabalho.Então, que se mantenham em clara locupletação das benesses do Poder, com o servilismo explícito que não têm o pudor em exercitar, mas em Silêncio, por favor.Para este projeto do Capital-agora-sem-Bush (com se tivesse se transformado em Capitalismo Bonzinho), já tem muita gente apoiando e trabalhando. Estes que se dizem de esquerda quererem também colaborar, é um vexame sem tamanho.Prá que Direita? Com uma "esquerda" destas?
*Raymundo Araujo Filho é médico veterinário homeopata e detesta discutir o sexo dos anjos.

Nenhum comentário: