quarta-feira, 27 de maio de 2009

ZÉ RODRIX


Existem indivíduos pelos quais, embora sem conhecermos pessoalmente, desenvolvemos uma inexplicável dose de bem querer. Já tive a oportunidade de vivenciar esta prazerosa experiência em algumas ocasiões, com a renovada satisfação de, embora já passado no "corrimboque da vida", continuar tendo a aventura de fazer novos “amigos de infância”. Com Zé Rodrix a coisa funcionou exatamente assim. Tomei conhecimento da sua existência quando, ainda na década de 70, tornei-me apreciador de um trio por compositores da MPB, formado para convenientemente interpretar suas próprias música. Posteriormente, quando o trio Sá, Rodrix e Guarabira foi engolido pela engrenagem da indústria fonográfica, continuei acompanhando a carreira de Zé Rodrix através de suas composições musicais e de seus jingles publicitários. O tempo passou, até que um dia, em meados de 2007, recebi um e-mail de Zé Rodrix, parabenizando-me por um texto publicado na grande imprensa, no qual tecia críticas aos desmandos dos petistas que haviam se apossado do Palácio do Planalto. A partir daí, aquela admiração pelo “artista” foi sendo multiplicada, na medida em que eu conhecia o cidadão. Hoje, ao tomar conhecimento da morte de Zé Rodrix, mesmo sem crer, peço a Deus que o acolha com a decência e dignidade com que ele viveu, reservando-lhe como moradia, quem sabe, a tão sonhada “casa no campo”, onde ele possa continuar compondo seus rocks rurais. Valeu, amigo!

Júlio Ferreira
Recife - PE

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