segunda-feira, 14 de junho de 2010

ROBERTO FREIRE


O crime compensa?
Temos um conhecido adágio popular que afirma que o crime não compensa. No entanto, o governo Lula, em seus oito anos de mandato, vem sistematicamente desmentindo essa nossa crença.
Temos um conhecido adágio popular que afirma que o crime não compensa. No entanto, o governo Lula, em seus oito anos de mandato, vem sistematicamente desmentindo essa nossa crença.
No primeiro mandato, tivemos o escândalo do mensalão, artifício usado pela cúpula do PT e de seus principais operadores nos ministérios para construir uma sólida base de apoio ao governo no Congresso Nacional; não em função de comprometimento programático, mas tão somente pela compra pura e simples de parlamentares e partidos, o que contaminou todo o governo.
A tal ponto que o procurador-geral da República, ao encaminhar sua denúncia ao STF, mencionou "uma sofisticada organização criminosa, especializada em desviar dinheiro público" que tinha se instalado na estrutura do Estado brasileiro.
No segundo mandato, após uma sucessão de quedas de ministros e desorganização de sua base, tendo como consequência imediata a paralisação ou, na melhor das hipóteses, acentuada lentidão no processo de enfrentamento de nossas angustiantes questões estruturais, políticas e sociais, o governo anunciou o mirabolante PAC.
Com pompa e circunstância, no lançamento do programa, o governo prometia um plano de crescimento. Na verdade, não passou de um ajuntamento de obras.
Para desafiar o adágio, o governo Lula vem afrontando sistematicamente todos os órgãos fiscalizadores e a própria Justiça brasileira.
É o caso do TCU (Tribunal de Contas da União), que fez reiteradas denúncias de superfaturamento das obras do PAC; do Ministério Público, cuja função de defender o interesse público o Planalto insiste em cercear; da legislação ambiental, que desrespeita acintosamente; da Lei de Responsabilidade Fiscal, que desconsiderou com desdém, repassando recursos a estados e municípios não estão cumprindo seus preceitos.
Por último, o presidente da República, que deveria ser o primeiro homem a cumprir a lei, comporta-se como um criminoso, que infringe de forma sistemática, sem nenhum pudor, a legislação eleitoral do país que governa.
Assim demonstram as reincidentes multas que Lula e sua candidata Dilma vêm sofrendo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por fazer propaganda eleitoral antes do período previsto em lei.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento informou que sua próxima pesquisa no país será centrada na importância de valores como justiça, paz, honestidade, solidariedade, responsabilidade e consciência, tão importantes na consolidação de uma nação.
Este tema impôs-se após uma ampla consulta com 500 mil brasileiros e brasileiras, no Brasil Ponto a Ponto, pesquisa que o programa da ONU faz para orientar o enfoque de seus trabalhos.
Sabemos que uma nação se funda compartilhando valores positivos, nos quais o respeito à justiça é o elemento central de convivência pacífica.
Nesse aspecto, a ação dos homens públicos, mormente dos chefes de Estado, exatamente por ser o representante da nação, deve servir de exemplo a todos, fortalecendo a cidadania no compartilhamento desses valores.
A questão que se coloca é: nosso presidente tem sido um bom exemplo a ser seguido?
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Roberto Freire é presidente do PPS - Partido Popular Socialista
robertofreire.org.br

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